Julia Nassif
Foi confirmado no último mês em reunião dos presidentes do Mercosul que o guarani deve formar parte dos idiomas oficiais do bloco, junto com o espanhol e o português.
Em 1991, quando foi formado o bloco econômico, as línguas oficiais seriam as que representavam os países presentes. No mesmo ano o guarani foi decretado por Paraguai como língua oficial do país, ao lado do espanhol.
Em 2002 o Censo Nacional de Paraguai declarava a população com 50% de guaranis falantes e 25% de falantes bilíngües (guarani y espanhol). Com esses dados e a presença dos guaranis nos demais territórios do Mercosul fizeram com que os movimentos, a população e os políticos, buscassem soluções para a igualitária participação da comunidade do bloco.
Desde então vem sendo estudada a incorporação do guarani à oficialização junto ao Mercosul. E muito tempo depois, em 2006, por decisão do Conselho de Mercado Comum, foi informado oficialmente por o Mercosul, a intenção real de incorporar a língua.
A origem histórica dos quatro países do bloco, Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai têm em comum o guarani. É dizer, a Nação Guarani, antes da entrada dos espanhóis e portugueses, já estavam por todo o território que abarca os quatro países e mais uns tantos.
Nomes como Paraguai, Uruguai, Japeju e Itamaraty, entre diversos outros utilizados nos quatros países tem origem guarani e a língua, originária do território, diferentemente do português e espanhol, agora recebeu a oficialização.
Hoje nos quatro países existem importantes territórios guaranis, importantes para a cultura atual de todos os países. Seja a cultura adaptada dos colonizadores ou para a manutenção da cultura original da terra, ambas responsáveis pelas características atuais das sociedades do Mercosul.
Cultura e Mercado
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