quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O direito de expressão é o direito de escutar?


Por Eduardo Galeano*


A tecnologia põe a imagem, a palavra e a música ao alcance de todos, como nunca antes ocorrera na história humana, mas essa maravilha pode se transformar num logro para incautos se o monopólio privado acabar impondo a ditadura da imagem única, da palavra única e da música única. Ressalvadas as exceções, que afortunadamente existem e não são poucas, essa pluralidade tende, em regra, a nos oferecer milhares de possibilidades de escolher entre o mesmo e o mesmo. O texto é de Eduardo Galeano.

“Estamos informados de tudo, mas não sabemos de nada”

No século XVI, alguns teólogos da igreja católica legitimavam a conquista da América em nome do direito da comunicação. Jus communicationis: os conquistadores falavam, os índios escutavam. A guerra era inevitável justamente quando os índios se faziam de surdos. Seu direito de comunicação consistia no direito de obedecer. No fim do século XX, aquela violação da América ainda se chama encontro de culturas, enquanto continua se chamando comunicação o monólogo do poder.
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(Envolverde/Agência Carta Maior)

Participe da contagem nacional das aves

Que tal ajudar os estudiosos das aves nacionais a entenderem os hábitos migratórios, o tamanho das populações e as ameaças sofridas pelas espécies aladas? Você pode fazer isso participando da terceira edição da Contagem Nacional das Aves, que ocorrerá por todo o país entre os dias 03 e 12 de outubro. O método não poderia ser mais simples: basta fazer o download da listagem de aves nacionais aqui em O Eco, junto com o formulário e sair observando os pássaros que cruzam os nossos céus.

Os participantesdevem escolher um ou mais locais no período de observação. Pode ser na cidade, em parques, trilhas, onde quiserem. O formulário preenchido deve ser enviado para o email contagemdasaves@gmail.com, contendo dados como nome do observador, local, cidade e estado da observação, a quantidade de horas despendidas, e os nomes científicos e comuns das aves.

Dúvidas podem ser direcionadas ao email contagemdasaves@gmail.com.

E se você fotografar as aves observadas, mande sua foto para O Eco. É uma oportunidade de ter seu trabalho publicado num dos mais conceituados veículos de jornalismo ambiental do Brasil.

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Vídeo com Sting em defesa da Amazônia


A iniciativa do Príncipe de Gales para salvar as florestas tropicais ganhou apoios de peso. Em vídeo estrelado por Sting e sua canção "Message in Bottle", diversas celebridades, entre elas o rei Pelé e o ator britânico Stephen Fry, expressam seu apoio ao projeto de Charles. Veja o vídeo abaixo (em inglês).
(O ECO)

Quase 80% de proprietários rurais usam agrotóxico

Thaís Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O uso de agrotóxicos nas propriedades rurais brasileiras é mais comum em unidades dirigidas pelos proprietários. De acordo com dados do Censo Agropecuário 2006 – divulgado hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) –, esse número chega a 78,4%, e o equipamento mais usado é o pulverizador costal (69,1%), que tem maior potencial de exposição. Além disso, em mais da metade das unidades onde a prática foi verificada, os responsáveis não receberam orientação técnica (56,3%) do governo, cooperativas ou da iniciativa privada.

O levantamento do IBGE traça um perfil da atividade no país, desenvolvida em 5,2 milhões de unidades rurais, incluindo entre outros dados aqueles sobre produtores, estrutura fundiária, técnicas usadas e pessoal ocupado.

De acordo com o pesquisador da Coordenação de Recursos Naturais do IBGE Eupídio Fontes, receber orientação técnica é fundamental “não apenas para reduzir o uso desses produtos, mas principalmente para diminuir os impactos na saúde e no meio ambiente”. Leia mais

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Produção de soja cresceu 88,8% em dez anos, revela IBGE
Produção orgânica ainda é pouco adotada no país
Orientação técnica ainda está longe do campo, mostra Censo Agropecuário do IBGE

Frigorífico deve ser envolvido em denúncia de ataque a acampamento de índios


Um ataque a um acampamento de índios na região de Curral do Arame, em Dourados (MS), na madrugada do dia 18 de setembro, deve ser considerado pelo Ministério Público Federal (MPF) como tentativa de genocídio. Durante a ação, os pertences e o barraco dos acampados foram incendiados e o indígena Eugênio Gonçalves, de 62 anos, baleado.

A história abaixo foi relatada por Verena Glass, aqui da Repórter Brasil.

De acordo a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Ministério Público Federal, o ataque ocorreu por volta da uma hora do dia 18, quando o grupo de índios dormia em um acampamento construído no dia anterior no km 10 da rodovia BR-463, ao lado da Fazenda Serrana, arrendada, de acordo com os índios, para o plantio de cana pela usina São Fernando.

A história abaixo foi relatada por Verena Glass, aqui da Repórter Brasil.
O MPF, que foi ao local logo após o ataque, foi informado que cerca de oito pessoas, algumas armadas, teriam participado da ação. “A movimentação do grupo [de indígenas no dia 17] deve ter atraído a atenção do proprietário da fazenda [Serrana] ou de quem a arrenda para fins de plantio de cana. Os índios narram que já era madrugada, cerca de uma hora da manhã, quando começaram os tiros. No momento da investida, “foi uma correria”. Mães agarravam seus filhos pequenos e tentavam fugir. Duas pessoas saíram feridas (…). O barraco construído por eles foi completamente queimado e as paliçadas erguidas para a construção de mais habitações arrancadas e/ou queimadas”, afirma o relatório do MPF.
Leia mais no Blog do Sakamoto

terça-feira, 29 de setembro de 2009

BBC cria o maior zoológico online do mundo


por Heloisa Lupinacci


A BBC criou um enorme zôo virtual, o BBC Wildlife Finder, alimentado por fotografias e vídeos de natureza.

É como um zôo, mas com algumas vantagens, para compensar a óbvia desvantagem da ausência real dos bichos: o leão nunca está dormindo naquela toca atrás da árvore no fundo da jaula; os animais pequenos são fotografados ou filmados com lentes de aumento; e os hábitos noturnos são capturados com câmeras infra-vermelhas (aquelas que enxergam tudo verde no escuro).
Com 370 espécies, o zôo virtual crescerá a cada dia, promete a BBC. Para quem gosta de bicho, é para gravar no favoritos.
Fonte: Estadão.

Humanidade esgota seu "espaço de operação", dizem cientistas

Para grupo integrado por Prêmio Nobel, sociedade excedeu 3 limiares planetários


A humanidade pode estar tirando o planeta da excepcional estabilidade ambiental em que ele se encontra há 10 mil anos e lançando-o numa zona turbulenta com consequências "catastróficas". O novo alerta é feito por um grupo internacional de 29 cientistas, em artigo nesta semana na revista "Nature".

O time reúne alguns dos maiores especialistas no sistema terrestre, entre eles o holandês Paul Crutzen, Nobel de Química em 95 por seu trabalho sobre a camada de ozônio.

Eles identificaram nove fatores-chave do funcionamento do planeta que não deveriam ser perturbados além de um certo limite para que a estabilidade ambiental que permitiu o florescimento da civilização continue por milhares de anos.Leia mais

Doutorado no Brasil - Evolução ou não em certas áreas prioritárias do conhecimento, artigo de Renato Janine Ribeiro

"Entre uma decisão política de priorizar uma área e um aumento significativo da formação de doutores na mesma transcorram cerca de dez anos"

Renato Janine Ribeiro é professor de ética e filosofia política da Universidade de São Paulo (USP) e ex-diretor de Avaliação da Capes. Artigo enviado pelo autor ao "JC e-mail":

Fui convidado pelo Center for Innovation and Research in Graduate Education (Cirge) - um centro da Universidade de Washington com o qual colaboro e no qual já publiquei, voltado para o estudo de novas formas de doutorado - a responder a um questionário sobre algumas áreas que eles reputam essenciais para o mundo. Eram tecnologia da informação (TI), saúde, aquecimento global e sustentabilidade. Como vai o doutorado nessas áreas, no Brasil?

Como estas áreas não correspondem exatamente às da Capes, tive de fazer um trabalho por aproximação. O resultado pode interessar, não só a quem frequenta essas áreas, mas a quem deseja ter uma visão de como evoluíram ou involuíram alguns campos do conhecimento, estes anos.

Como operei por proximidade, utilizei as áreas de Ecologia e Interdisciplinar para tratar tanto do aquecimento global quanto da sustentabilidade - embora a segunda área cubra muitos outros assuntos. Ciência da Computação foi a porta para considerar a TI, enquanto Medicina e Saúde Coletiva foram escolhidas, confesso que com certa arbitrariedade, para cobrir o que está mais central no desenvolvimento da saúde.Leia mais no JC.

Fios que transformam vidas



Em Goiás, o talento de moradoras de quatro Municípios tem transformado sobras de algodão em arte. O trabalho - oportunidade para melhorar a renda das famílias vulneráveis - faz parte das iniciativas desenvolvidas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

São centenas de quilos de algodão que iriam para o lixo. Mas, graças a um grupo de tecelãs, as sobras do produto que caem à beira das estradas durante o transporte na época da colheita estão mudando a vida de cerca de 150 mulheres, nos Municípios goianos de Ipameri, Orizona, Silvânia e Vianópolis. Elas resgataram a cultura da tecelagem da região e produzem diversos tipos de bolsas, inclusive para participantes de eventos. “Aqui, cada uma que faz põe a sua ideia, né?”, diz a lavradora Maria de Lourdes Alves e Silva, 62 anos, que enxergou no desperdício uma oportunidade para aumentar a renda familiar.

O trabalho faz parte das iniciativas desenvolvidas pelo Mutirão Nacional pela Superação da Miséria e da Fome, setor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Segundo a coordenadora da Regional Centro-Oeste do Mutirão, irmã Ines Oliveira, o algodão é “catado” (em referência á expressão “fazer a cata” utilizada pelas mulheres) com anuência do proprietário das terras. “Elas estão mostrando que a solidariedade constroi”, avalia a freira. “Aqui não há investimento algum, precisa-se apenas de criatividade, boa vontade, e as pessoas querem fazer”, continua. Para melhorar a condição de trabalho da chamada Rede - formada pelas cidades envolvidas - e buscar recursos, o grupo pretende criar uma associação.

Em Vianópolis (GO), distante 92 quilômetros de Goiânia, na comunidade Santa Rita, as tecedeiras reúnem-se na “taperinha velha” de Maria Alexandrina Marques Neto, 63 anos. “No início, eu não queria, mas as minhas filhas me convenceram”, relata a tecelã, que se livrou de uma depressão profunda ao retomar a atividade de tecer, que já desenvolvia antes da doença. Dona Maria e as colegas trabalham em um espaço improvisado atrás da casa. Ali, forma-se uma espécie de linha de montagem. Desde o produto in natura ao resultado final, tudo é aproveitado - até as sementes de algodão, que servem para ração animal.

Saber fazer

Quem não sabe tecer, aprende essa arte nas oficinas produtivas, onde as mais experientes repassam o conhecimento para as que estão chegando. O algodão é recolhido entre os meses de maio e agosto e estocado. Recentemente, os artigos passaram a ganhar bordados feitos pelas companheiras de Caraíba, outro Município vizinho que está se integrando ao projeto.

Em junho deste ano, a Rede produziu 200 bolsas para um encontro da CNBB, em Brasília (DF), e 180 para a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o que rendeu R$ 5,8 mil, posteriormente distribuídos entre as tecedeiras e costureiras. “Algumas ficaram até 2h da madrugada para cumprir o compromisso assumido”, recorda irmã Ines. E as encomendas não param.
Foto:Raquel Flores, do MDS

(Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome)

Haikai


Planet Earth
hurt by impacts power
moving between flowers
(mimi)


Encerro este gostoso dia de festa e alegria, ao lado de nossa querida Mi Sato, pedindo aos deuses que seu novo ano seja repleto de saúde e alegrias. Beijo enorme querida amiga.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Código Florestal em mãos ruralistas

Está prevista para amanhã (29) a instalação da Comissão Especial na Câmara dos Deputados que irá analisar todos os projetos de lei referentes às mudanças no Código Florestal. Mesmo depois de várias insistências do Partido Verde para que algum de seus filiados fosse o relator da comissão, a Casa designou para o cargo de relator o deputado federal Homero Pereira (PR-MT), nada menos que vice-presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Para completar o quadro, Moacir Micheletto (PMDB-PR), coordenador político da Frente Parlamentar da Agropecuária, foi eleito presidente da Comissão Especial.O ECO

Haikai





planeta azul
ama-se intenso
no hemisfério sul
(mimi)

SOJA E POBREZA
Município do Tocantins lidera ranking de soja e de pobreza

Aditivado por projeto controverso que enriquece fazendeiros e transnacionais, Campos Lindos (TO) é líder estadual de produção de soja. Localidade tem a maior proporção de pobres de todo o país, segundo pesquisa do IBGE

Por Maurício Hashizume*
A propaganda do agronegócio associa a expansão acelerada da soja à prosperidade. Os problemas são os fatos, que não escondem os problemas socioambientais vinculados à atividade. Uma dessas chagas atende pelo nome de Projeto Agrícola Campos Lindos, no Nordeste do Tocantins, a 491 km da capital Palmas (TO). O empreendimento, que este ano completou uma década e exporta milhares de toneladas do grão todos os anos, é resultado de dois contestados processos de "titulação" pública, não teve licença ambiental para se instalar, foi palco de trabalho escravo e desalojou famílias tradicionais que hoje padecem com índices vergonhosos de pobreza.

A Repórter Brasil preparou duas reportagens especiais que recuperam o processo de gênese do lucrativo negócio numa das áreas mais privilegiadas do Cerrado e revelam as consequências nada reluzentes para o "povo comum" da região. Este capítulo inicial trata da formação do Projeto Agrícola Campos Lindos - marcado pela aguda intervenção do ex-governador Siqueira Campos (PSDB), pelo beneficiamento privado dos "amigos do rei" e pela postura polêmica de órgãos públicos que deveriam zelar pelo interesse coletivo. O segundo e último capítulo esmiuçará as marcas da indigência no cotidiano e o grau de violação de direitos fundamentais em Campos Lindos (TO).
RepórterBrasil

Fundos de pasto e a sobrevivência de comunidades


Cabras e ovelhas criadas em áreas coletivas asseguram o sustento de grupos tradicionais da Caatinga. Mas a dificuldade de reconhecimento fundiário oficial e a falta de políticas públicas adequadas ameaçam o futuro das famílias

Texto e fotos: André Campos*

É cada vez maior a popularização das cisternas no sertão nordestino, solução simples e barata para captar a água da chuva. O sanfoneiro divide espaço com as guitarras de "forró eletrônico" - ou "forró de plástico", na definição dos mais puristas. Usado há séculos como meio de transporte oficial do sertanejo, o jegue é substituído pela infinidade de motos. Não é difícil encontrar animais abandonados perambulando pelas estradas.

Muita coisa mudou e continua mudando na região árida. Determinados modos de vida, entretanto, resistem bravamente. Em meio à secura que dificulta a agricultura, o pastoreio segue como base da subsistência de muita gente. Comunidades que, unidas por laços de compadrio e parentesco, usufruem de áreas sem cercamento de forma compartilhada. Esses pedaços de terra atrás das roças das famílias são chamados de "fundos de pasto".

Nos "fundos de pasto", os animais se alimentam da própria vegetação nativa. São alguns bovinos e ovelhas, mas principalmente cabras e bodes. A resistência às estiagens e a adaptação alimentar aos produtos da Caatinga fazem deles os preferidos. Cotidianamente, são soltos pela manhã e recolhidos ao curral no fim do dia, quando um sino amarrado no pescoço de alguns deles - cuja tonalidade específica cada dono sabe reconhecer - ajuda na tarefa de localizar o rebanho. Cortes ou marcações a ferro quente nas orelhas também diferenciam os bichos de cada um. "Dizemos sempre que não somos nós que criamos o bode, mas que é o bode que cria a gente", brinca Maria Izete Lopes, moradora da comunidade de fundo de pasto de Boa Vista, em Campo Alegre de Lourdes (BA). "Fazemos tão pouco por ele, e ele nos dá tanto de volta..."
Leia mais desta excelente reportagem na RepórterBrasil.

Parabéns pelo seu dia MI


Se a esperança tivesse cor

eu pintaria o mundo

como o perfume da flor



Hoje estou fazendo uma homenagem para nossa querida Michèle por essa data tão emblemática e ao longo do dia soltarei os seus lindos haikais!
Seus haikais também podem ser vistos no seu blog

domingo, 27 de setembro de 2009

Flores do Banksy para Mi!



Junto com as flores, brisas,cheiros,sabores e afetos para você, nossa querida educadora ambiental, Michèle Sato!

sábado, 26 de setembro de 2009

Kirlian


As fotos que parecem revelar a alma das plantas saõ de Robert Buelteman.
Confira a página do artista

'Valor da biodiversidade é mil vezes superior ao da agricultura'


Cientista da Embrapa afirma que a salvação da lavoura depende da preservação do bioma

Parte da vegetação do cerrado é transformada em carvão. Foto: Roberto Jayme/Reuters
O Cerrado ainda tem 800 mil quilômetros quadrados de terras agricultáveis - uma área igual à da França e Reino Unidos juntos, suficiente para duplicar tudo o que já é ocupado pela agropecuária no bioma.

Especial: Devastação avança sobre a savana brasileira

Se o País for inteligente, não precisará desmatar nem um hectare dessa terra. "A riqueza que temos guardada na biodiversidade do Cerrado é mil vezes superior à da agricultura", diz o engenheiro agrônomo Eduardo Assad, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

A afirmação surpreende. Não só pelo conteúdo, mas por sair da boca de um cientista que há mais de 20 anos dedica sua vida ao agronegócio e que se lembra, sorrindo, dos tempos em que passava o correntão no Cerrado em cima de um trator, na fazenda da família em Quirinópolis, no sul de Goiás. Só que os tempos mudaram. Agora, diz Assad, é hora de preservar e pesquisar as riquezas que o bioma tem a oferecer no seu estado natural.

Até mesmo para o bem da própria agricultura. "A preservação do Cerrado é a salvação da lavoura", costuma dizer o pesquisador. Segundo ele, é no DNA das plantas nativas do bioma que estão escondidos os genes capazes de proteger suas inquilinas estrangeiras (a soja, o milho, o algodão, o arroz) do aquecimento global. Dentre as 12 mil espécies nativas conhecidas, só 38 ocorrem no bioma inteiro, o que significa que estão adaptadas a uma grande variabilidade de condições climáticas e de solo.Leia mais no Estadão
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Ameaça ao Cerrado se volta para o norte
Desmatamento é maior em 5 Estados

CNPq avalia a criação de um programa nacional para estudo da biodiversidade

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPqMCT) reuniu ontem (23), em Brasília, membros da comunidade científica, do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para determinar estratégias de incentivo, ampliação e fomento à pesquisas sobre o patrimônio biológico do Brasil, que irão integrar o ano internacional da biodiversidade, a ser comemorado em 2010. Estima-se que de cada cinco espécies de organismos vivos na terra, uma encontra-se no Brasil, ou seja, entre 15% e 20% da biodiversidade mundial.

O presidente do CNPq, Marco Antonio Zago, falou sobre as ações idealizadas pela agência para integrar esse empreendimento: “Do ponto de vista do CNPq existem duas iniciativas. Uma delas diz respeito ao repatriamento de dados. A outra trata da criação de um programa nacional de pesquisa em biodiversidade, algo prático e administrável, que reúna competências em uma linha temática unificadora“. O presidente ressaltou, ainda, a importância da integração para alcance dos objetivos comuns: “Nós temos que fazer uma opção. O que irá garantir continuidade ao programa é o consenso entre a comunidade científica”.

Para o Diretor de Biodiversidade da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, Bráulio Dias, “nosso esforço ainda é muito fragmentado, precisamos de projetos aglutinadores”. Já a professora Titular em Ecologia pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), Vera Lúcia Imperatriz Fonseca, destacou a necessidade de uma ação ordenada, integrada e mitigatória das alterações climáticas: “hoje estamos sofrendo impactos gerados 40 anos atrás, precisamos estudar o efeito das mudanças nos biomas”. Leia mais

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Jean Pierre Leroy
Crise da civilização: a união de todas as crises

Crise da civilização: a união de todas as crises
O francês Jean Pierre Leroy chegou ao Brasil na década de 1970. Padre, ele atuou na região do Pará. É filósofo e mestre em Educação pelo Instituto de Estudos Avançados em Educação/FGV. Foi Coordenador do Programa de Pesquisa sobre Campesinato em Áreas de Fronteira, Assessor da Comissão Pastoral da Terra e do Programa Nacional Fase Amazônia. Atualmente, é Membro da Rede Brasileira de Justiça Ambiental e assessor do Movimento pelo Desenvolvimento da Transamazônica e do Xingu. Escreveu, recentemente, o artigo O lugar da crise do desenvolvimento capitalista na crise de civilização baseado nas ideias que propagou durante o Fórum Social Mundial deste ano.

A IHU On-Line conversou com Leroy, por telefone, sobre o que ele chama crise da civilização. “Frente à crise política que conhecemos aqui no Brasil, vemos como é complexa e como está nos fazendo falta, de fato, uma esquerda. Um campo político que tenta segurar as pontas e, ao mesmo tempo, tenha um projeto ético de igualdade, que parte das bases da sociedade, e com projeto que resgate essa convivência com a natureza e a possibilidade da humanidade de amanhã continuar conectada com ela e poder continuar vivendo nela e dela”, apontou.

Confira a entrevista

Limites do planeta já foram extrapolados, diz estudo



Por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil

Grupo de cientistas estipula nove fronteiras no sistema terrestre que os seres humanos não poderiam ultrapassar para o seu próprio bem, porém três delas já ficaram para trás, colocando em risco a capacidade da Terra de regular a si mesma.

Quanta pressão o planeta ainda pode suportar antes que comece a entrar em colapso? Foi com esta pergunta em mente que um grupo de 29 pesquisadores de diversas partes do mundo resolveu procurar por “fronteiras” no sistema terrestre que deveriam ser respeitadas para se evitar grandes catástrofes ambientais e climáticas.

A resposta veio com o trabalho “A safe operating space for humanity” (algo como “Um espaço operacional seguro para a humanidade”) publicado na edição desta quarta-feira (23) da revista Nature.

Nele, os cientistas propuseram nove elementos que são fundamentais para as condições de vida na Terra: mudanças climáticas; acidificação dos oceanos; interferência nos ciclos globais de nitrogênio e de fósforo; uso de água potável; alterações no uso do solo; carga de aerossóis atmosféricos; poluição química; e a taxa de perda da biodiversidade, tanto terrestre como marinha.Leia mais
(Envolverde/CarbonoBrasil)
Crédito-Imagem: Stockholm Resilience Centre

Trapaças!
Na surdina, Congresso reduz UCs

O Congresso Nacional parece mesmo ter tomado gosto por atos secretos, obscuros e afins. A última foi aprontada na última terça-feira durante a votação na Câmara de emendas apresentadas à Medida Provisória (MP) 462 - destinada originalmente a ajudar os municípios a enfrentar a queda de receitas provocada pela crise financeira internacional. No processo foram incluídas proposições que não tinha nada a ver com tema, prática que tem sido chamado pelos próprios deputados (os honestos no caso) de contrabando. E surpresa, as propostas aprovadas reduzem unidades de conservação e facilitam o licenciamento de obras danosas ao meio ambiente.

A emenda nº 7 trata da alteração dos limites da Reserva Extrativista (Resex) Baia do Iguape (BA), unidade de conservação localizada na área mais preservada da Baia de Todos os Santos – estuário do rio Paraguaçu. “O objetivo desta alteração é liberar área da Resex para a construção de um Polo Industrial Naval, projeto proposto e defendido pelo governo da Bahia”, alerta Rogério Mucugê, representante do Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá).

A emenda nº 6 inclui o Porto Sul em Ilhéus (BA) no Plano Nacional de Viação. “Lá, resta uma das mais importantes áreas de remanescentes de Mata Atlântica do país. A preservação de sua zona costeira é considerada pelo Ministério do Meio Ambiente fundamental para a conservação marinha”, aponta Leandra Gonçalves, da Campanha Oceanos do Greenpeace. “O senador Romero Jucá, autor dessa proposta, tem, entre seus financiadores de campanha, empresas portuárias e por isso quer agora passar o trator em cima da área”,diz a ambientalista. A emenda nº 21 prevê uma redução drástica nos limites da Floresta Nacional (Flona) de Roraima, que passaria a ter apenas 6,3% de seu território original. De uma área atual de 2,66 milhões de hectares, a Flona ficaria com 167 mil hectares.
O ECO

Aprovado Plano Nacional de Cultura

Nota do Ministro da Cultura
Juca Ferreira manifesta-se sobre a aprovação da PEC 150 e do PNC pelas Comissões na Câmara dos Deputados
Os parlamentares deram hoje mais duas provas de que este é o Ano da Cultura no Congresso Nacional. Por unanimidade, foi aprovado na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados o Plano Nacional de Cultura, que dá marco legal para as políticas da área pelos próximos dez anos. Ainda na Câmara, a Comissão Especial que analisava a PEC 150 aprovou, também por unanimidade, a proposta que destina 2% do orçamento federal para as políticas culturais.

Com o apoio dos parlamentares conseguimos dar um avanço claro na área, com duas ferramentas estratégicas para a nação. Após a aprovação final, essas propostas darão base legal para sustentar, a longo prazo, a cultura como algo vital para os brasileiros e uma das áreas prioritárias no desenvolvimento de nossa nação.

Este avanço se traduz na garantia crucial de recursos para a área, mas seu alcance é muito maior. Significa que, uma vez aprovados estes instrumentos, nós brasileiros enfim surgiremos como pessoas e nação que se cultivam, que abandonam definitivamente o complexo de vira-latas apontado por Nelson Rodrigues, para, enfim, assumir-se no mundo como seres afetos à cultura - a cultura que nos traduz, explica, alimenta e posiciona no mundo.Juca Ferreira
Ministro de Estado da Cultura

Ricos gastam em 3 dias o que pobres levam um ano para gastar

Por Pedro Peduzzi, da Agência Brasil

No Brasil, o que um pobre gasta em um ano é o mesmo gasto por um rico - que faz parte de 1% da população - em três dias. A constatação é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou nesta quinta-feira (24/9) uma análise com base nos dados apresentados na semana passada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) relativa ao ano de 2008.

“Apesar de estar registrando desde 2001 queda da desigualdade social num ritmo realmente bom, o Brasil ainda é um monumento à desigualdade. Aqui, uma família considerada pobre leva um ano para gastar o mesmo que o 1% mais rico gasta em apenas três dias”, informa o pesquisador do Ipea, Sergei Soares.Leia mais

Redd será centro das atenções em Copenhague


Por Dal Marcondes, especial para o Instituto Ethos

A decisão do governo de incluir o mecanismo de Reed em suas propostas para a COP15 pode viabilizar uma economia baseada em produtos florestais sustentáveis.

A Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd) ganhou novo destaque na pauta da COP-15, em Copenhague, quando serão definidos os mecanismos de combate às mudanças climáticas a partir de 2012. É que, na semana passada, o presidente Lula, se reuniu com a Força Tarefa sobre Redd e Mudanças Climáticas, composta por governadores dos nove Estados da Amazônia, e ao final aceitou que as florestas sejam parte da pauta brasileira em Copenhague. Nas palavras do coordenador geral da Força Tarefa sobre Redd e Mudanças Climáticas, Virgílio Viana a reunião marca um divisor de águas: “A partir de agora temos o desafio de construir um mecanismo de mercado compensatório para Redd”.
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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ouro verde

Cristiane Prizibisczki

A implementação efetiva das unidades de conservação da Amazônia, as já existentes ou em elaboração, podem render ao Brasil cerca de 40 bilhões de dólares e evitar que 4,8 bilhões de toneladas de carbono sejam lançadas na atmosfera. Esta é a conclusão do estudo lançado nesta quarta (23) pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), em parceria com a não-governamental WWF e a Universidade Federal de Minas Gerais, durante o 6º Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, realizado desde o último domingo em Curitiba.

Para chegar a esta conclusão, pesquisadores das instituições envolvidas analisaram dados do desmatamento ocorrido entre 2002 e 2007, verificando as probabilidades históricas de supressão das matas em cada uma das 521 áreas protegidas existentes no bioma amazônico, incluindo áreas de proteção integral, uso sustentável, áreas militares e terras indígenas. Os resultados do trabalho indicam que as áreas protegidas são, de fato, inibidoras da degradação. “A probabilidade de ocorrer desmatamento nas zonas do entorno das áreas protegidas é em até dez vezes superior àquela do seu interior e cresce em direção às zonas mais distantes dos limites das áreas protegidas”, diz o documento.
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Conferência Internacional dos Países Lusófonos



O Comitê Nacional do Ano Internacional do Planeta Terra, presidido pela Academia Brasileira de Ciências e integrado por representantes de instituições, empresas, órgãos financiadores, associações e sociedades de diversos campos das geociências, além da UNESCO e da União Internacional de Ciências Geológicas, que são as entidades responsáveis pela sua promoção mundial, estará promovendo na cidade do Rio de Janeiro, nos dias 5 e 6 de outubro próximo, na sede da ABC, uma conferência internacional para comemorar o terceiro ano do AIPT e suas realizações nos países de língua portuguesa.

A Conferência deverá congregar representantes de todos os países lusófonos, a exemplo da realizada em Coimbra, Portugal, em 2008, e terá como tema principal "Geociências nos países de língua portuguesa: de um passado comum para um futuro de integração". Em seu contexto estará a análise do ensino, do progresso e das dificuldades em divulgar a importância das Ciências da Terra junto à sociedade; os desafios para dotar o meio político de conhecimento que leve os parlamentares e governantes a reconhecerem as geociências como fundamentais para o bem-estar e segurança da população; e os órgãos oficiais de educação sobre a necessidade de se introduzirem ensinamentos geocientíficos em todos os níveis da educação.

Durante os dois dias do encontro, serão discutidas possibilidades de cooperação em geociências, especialmente em alguns dos temas prioritários do AIPT, assim como a continuidade de ações com o mesmo espírito que motivou a proclamação do Ano Internacional do Planeta Terra pela Organização das Nações Unidas: Ciências da Terra para a Sociedade.
Visite a página do Ano Ineternacional do Planeta Terra

Contagem regressiva

Marina Silva
De Brasília (DF)

Assine aqui

"Faltam 74 dias para a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP 15), em Copenhague, na Dinamarca, que reunirá líderes mundiais em torno de um novo acordo global para enfrentar os problemas decorrentes das alterações do clima. Até lá estaremos em contagem regressiva para avançarmos numa agenda de negociações capaz de responder ao desafio ímpar que o mundo tem pela frente...."

"...Cerca de 100 líderes mundiais se reuniram ontem na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque, nos Estados Unidos, convocados pelo secretário-geral da organização, Ban Ki-moon. Para ele, essa cúpula do clima é a última chance de mobilizar chefes de Estado para "selar o acordo" sobre o clima.

Na última segunda-feira, dia 21, foi o dia do alerta geral da Campanha Global de Ações pelo Clima (GCCA), mais conhecida como TicTacTicTac, com ações ao redor do mundo para chamar a sociedade e persuadir os líderes internacionais pela assinatura de um acordo justo e eficiente na reunião de Copenhague. Para participar clique aqui

A ONU também está convocando a população mundial a assinar uma petição pela internet, parte da campanha "Seal the Deal" (Selar o acordo), pedindo medidas urgentes no combate às mudanças climáticas. As assinaturas coletadas serão entregues aos líderes mundiais durante a COP-15." Para participar clique aqui
Leia o artigo na íntegra

Cátedra Brasil-África já está instalada

Cerimônia de parceria entre a Federal paraense e a Universidade de Cabo Verde foi marcada na manhã desta quarta pela assinatura do protocolo

Diálogo entre culturas, troca de conhecimentos, estreitamento de relações. Esses são os resultados esperados com o lançamento da Cátedra Brasil-África de Cooperação Internacional, ocorrido na manhã desta quarta-feira, no Centro de Convenções da UFPA. A cerimônia foi marcada pela assinatura do protocolo que formaliza a parceria entre a Federal paraense e a Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), localizada no continente africano.

A programação contou com apresentação de grupos culturais e conferência de abertura, ministrada pelo reitor da Uni-CV, Antonio Correia e Silva. A primeira ação concreta da nova Cátedra resultante da parceria entre as duas universidades será a criação do Centro de Documentação Histórica Brasil-África, que terá sede na UFPA, com acervo doado pela UNI-CV. A UFPA é pioneira, no Brasil, a criar uma casa de estudos africanos e a segunda, no País, a criar a Cátedra de Cooperação com o continente, conforme informou Apolinário Alves Filho, coordenador da Casa de Estudos Brasil-África na Instituição. A UFPA já foi, inclusive, procurada pela Universidade de Brasília (UNB) para dividir a experiência da criação da Cátedra.

A UFPA tem, agora, a oportunidade de estabelecer relações de intercâmbio cultural com 53 países africanos, entre eles, Cabo Verde. Para Antonio Correia e Silva, a parceria com a UFPA significa um marco na história dos dois países cooperados, pois, desta vez, a base do contato entre ambos não envolve situações de exploração ou escravidão. “Hoje, vemos surgir, aqui, relações que não se motivam pelo poder ou pela ganância, mas pelo esforço em tornar a educação mais acessível a todos os povos”, afirmou o reitor caboverdiano, que, na ocasião, ministrou a conferência “Cabo Verde: um espaço de charneiras nas relações Brasil-África”.

Segundo o reitor Carlos Maneschy, as novas relações Brasil-África, empreendidas pela UFPA, demonstram o compromisso da Instituição em buscar novos rumos para o crescimento e o reconhecimento internacional. “Esse momento está carregado de simbolismos. Hoje, podemos dizer que nos livramos das amarras que fundamentam nossa história em mitos culturais e visões estereotipadas. O convênio de cooperação, aqui firmado, visa possibilitar a criação de pontes de intercâmbio de conhecimentos sobre as quais poderemos construir um mundo melhor”, destacou. O pró-reitor de relações internacionais da UFPA, professor Flávio Nassar, também esteve presente.

Comemoração – A programação comemorativa pela criação da Cátedra Brasil-África de Cooperação Internacional prossegue até esta sexta-feira, 25, com a exposição fotográfica “Olhares Curiosos”, no hall do Centro de Convenções da UFPA, e a II Mostra de Filmes África-Brasil, no Auditório da Reitoria. Na tarde de hoje, ocorre, ainda, a mesa-redonda “A África na sociedade global: tendências e perspectivas”, às 15h. O evento tem entrada franca. Acesse a programação aqui.
Ascom /UFPA

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Grupo gay pede retratação de Puccinelli

TIAGO DÉCIMO - Agencia Estado

SALVADOR - O Grupo Gay da Bahia (GGB) resolveu enviar ao governador do Mato Grosso do Sul (MS), André Puccinelli (PMDB), uma carta de repúdio por suas declarações. Ontem, em uma reunião com empresários, Puccinelli ofendeu o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, com palavras de baixo calão.

"Vamos mandar uma carta de protesto para o gabinete dele amanhã, na qual sugerimos que ele promova ações contra o preconceito em seu Estado", diz o presidente do GGB, Marcelo Cerqueira. "Seria a única forma de ele se redimir dessa ''pisada de bola'' gigantesca."

Para Cerqueira, as declarações do governador expuseram a homofobia presente em boa parte da população brasileira. "Chamar alguém de veado é o procedimento mais comum quando se quer agredir o outro", afirma. "Os homossexuais são agredidos e mortos brutalmente por causa de exemplos como esse. O governador não teve a compostura que se espera de um chefe de Estado, personalidades como ele deveriam ser responsáveis por dar o exemplo."

O GGB elabora, anualmente, um estudo no qual lista os assassinatos por homofobia no Brasil. No ano passado, segundo o grupo, foram 190 mortes - ante 122 em 2007. "O número é maior, já que baseamos o estudo em pesquisas que nós mesmos fazemos, uma vez que as Secretarias de Segurança não distinguem esse tipo de crime", diz Cerqueira. "Não é exagero dizer que um homossexual é assassinado brutalmente no Brasil por dia. Por isso exigimos que o governador promova ações, em especial nas áreas de educação e saúde, em seu Estado."

"América Latina é hoje o lugar mais estimulante do mundo"


Em entrevista ao La Jornada, Noam Chomsky fala sobre a América Latina, definindo-a como uma das únicas regiões do mundo onde há uma resistência real ao poder do império. "Pela primeira vez em 500 anos há movimentos rumo a uma verdadeira independência e separação do mundo imperial. Países que historicamente estiveram separados estão começando a se integrar. Esta integração é um pré-requisito para a independência. Historicamente, os EUA derrubaram um governo após outro; agora já não podem fazê-lo", diz Chomsky.
A América Latina é hoje o lugar mais estimulante do mundo, diz Noam Chomsky. Há aqui uma resistência real ao império; não existem muitas regiões das quais se possa dizer o mesmo. Entrevistado pelo La Jornada, um dos intelectuais dissidentes mais relevantes de nossos tempos assinala que a esperança e a mudança anunciada por Barack Obama é uma ilusão, já que são as instituições e não os indivíduos que determinam o rumo da política. Em última instância, o que Obama representa, para Chomsky, é um giro da extrema direita rumo ao centro da política tradicional dos Estados Unidos.

Presente no México para celebrar os 25 anos de La Jornada, o autor de mais de cem livros, lingüista, crítico antiimperialista, analista do papel desempenhado pelos meios de comunicação na fabricação do consenso, explica como a guerra às drogas iniciou nos EUA como parte de uma ofensiva conservadora contra a revolução cultural e a oposição à invasão do Vietnã. Apresentamos a seguir a íntegra das declarações de Chomsky ao La Jornada:

A América Latina é hoje o lugar mais estimulante do mundo. Pela primeira vez em 500 anos há movimentos rumo a uma verdadeira independência e separação do mundo imperial. Países que historicamente estiveram separados estão começando a se integrar. Esta integração é um pré-requisito para a independência. Historicamente, os EUA derrubaram um governo após outro; agora já não podem fazê-lo.

O Brasil é um exemplo interessante. No princípio dos anos 60, os programas de (João) Goulart não eram tão diferentes dos de Lula. Naquele caso, o governo de Kennedy organizou um golpe de Estado militar. Assim, o estado de segurança nacional se propagou por toda a região como uma praga. Hoje em dia, Lula é o cara bom, ao qual procuram tratar bem, em reação aos governos mais militantes na região. Nos EUA, não se publicam os comentários favoráveis de Lula a Chavez ou a Evo Morales. Eles silenciados porque não são o modelo.

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Relatório mostra que Brasil lucra se combater desmatamento

Relatório mostra que Brasil lucra se combater desmatamento


Catarina Alencastro escreve para "O Globo"


Um relatório do Ministério da Fazenda estima que o Brasil tem muito a perder com as mudanças climáticas. Porém, pode lucrar se combater o desmatamento. O estudo prevê que a produção de soja no Brasil pode cair 22% se não forem tomadas medidas para conter o aquecimento global. O arroz também perderia 9%; o feijão, 4,3%; o milho, 12%; o café, 8,12% e o girassol, 14%.


As perdas na produção agrícola são previstas em um cenário para 2020, quando o país vivenciaria atraso no início da estação chuvosa, alagamento de regiões litorâneas, entre outras consequências desastrosas para a produção de alimentos. Dependente do sistema hídrico, a produção de energia sofreria com um aumento na evaporação da água dos rios e represas que abastecem as usinas.


Em documento enviado ao Ministério do Meio Ambiente, a área econômica calcula que o Brasil está deixando de ganhar 5 bilhões de euros por ano em créditos de carbono. A conta é feita em cima dos dados do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que prevê a redução anual de 400 milhões de toneladas de carbono com a redução do desmatamento.


Entre as propostas apresentadas, a área econômica sugere que a comercialização de créditos florestais gerados com a redução do desmatamento seja irrestrita.


Guido Mantega deve integrar negociação climática


A posição fortalece a visão do Ministério do Meio Ambiente, que deseja ver o REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) criado e alavancando grandes somas de recursos para o Brasil.


- Eu estou em estado de graça porque a Fazenda é um ministério importantíssimo e que está com a bola cheia porque o Brasil saiu bem da crise financeira. Esse apoio talvez seja o mais importante para as políticas ambientais de governo nos últimos anos - disse o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.


Outra proposta do Ministério da Fazenda é que, a exemplo do que já é feito na Amazônia, todos os produtores rurais que desmatam ilegalmente os demais biomas brasileiros percam o acesso a créditos e financiamentos.


O ministro do Meio Ambiente considera que, com essa iniciativa proativa da Fazenda, Mantega passe a integrar a cúpula ministerial que elabora os termos da negociação climática no governo brasileiro formada pelos ministérios do Meio Ambiente, da Ciência e Tecnologia e pelo Itamaraty. Apelidado internamente como G-3, o grupo pode acabar virando um G-4.


- Esse namoro com a Fazenda começou há mais de um ano. Logo que entrei no governo percebi que se a gente não incluísse a questão tributária e financeira no clima estaríamos perdidos - disse Minc.


Para ele, o colega da Fazenda demonstrou estar disposto a contribuir com políticas voltadas para uma economia de baixo carbono quando aceitou reduzir o IPI para tecnologias de energia solar e eólica, previsto na recém-lançada Carta dos Ventos.

(O Globo, 23/9)

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Governador ganha troféu frango

O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB, acaba de ganhar o Troféu Frango, do Sakamoto. Confira a materia publicada no seu blog.

Governador disse que estupraria ministro Carlos Minc

Estou em Nova Iorque, onde está acontecendo a Assembléia Geral da ONU, para participar de um evento. Ou seja, haveria coisas mais importantes para falar neste humilde espaço. Mas eis que recebo a notícia de que o governador do Estado do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), resolveu “pedir” em público o Troféu Frango, criando por este blog para premiar bizarrices em geral.

Puccinelli tem um sonho: ver seu estado verdinho…de cana-de-açúcar (o que contrasta radicalmente com a proposta de mudar o nome do Estado para “Pantanal”, aventada para atrair mais visitantes e aumentar as receitas oriundas do turismo ecológico). Ficou irritadíssimo com o Zoneamento Agroecológico da Cana, divulgado recentemente pelo governo federal, que proíbe plantações em áreas do rio Paraguai. Talvez para desopilar o fígado, o governador perguntou hoje, durante um evento, se o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc participaria da Meia-Maratona Internacional do Pantanal, marcada para 11 de outubro. Diante da resposta, afirmou:

“Eu o alcançaria e estupraria em praça pública.”

Ele fez outras declarações moralistas e preconceituosas, mas essa foi a pior. Fico imaginando que tipo de mente política doentia faz uma afirmação desse tipo em público. Pois apenas um idiota pode brincar com uma coisa como o estupro, ainda mais dando a ele uma conotação de coação, punição e controle. O governador poderia ter gastado os neurônios que fritou com a declaração tentando resolver problemas que afligem a população do Mato Grosso do Sul, como o turismo sexual infantil, o assassinato de índios por fazendeiros que ignoram territórios indígenas, o trabalho escravo em canaviais, enfim. Em vez disso, prefere fazer piadinhas em público, para a imprensa. Talvez porque na corrida para garantir qualidade de vida a essas populações ele não tenha demonstrado muito fôlego…

O que as moradoras do estado que já sofreram essa violência devem estar sentindo? Vão votar nele na reeleição do ano que vem?

Sarkozy propõe lançar Organização Mundial do Meio Ambiente

da Efe

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, propôs nesta terça-feira (22) a criação de uma Organização Mundial do Meio Ambiente para legislar sobre o direito internacional do assunto, que seja tão respeitada como a do comércio.

Com a nova instituição, o presidente francês acredita que seja possível reagrupar as agências existentes. O órgão poderia entrar em operação em 2012, quando deve ser definida a realização da cúpula Rio20, que o Brasil propõe organizar.

Sarkozy enfatizou durante a Conferência Internacional que "pela primeira vez na história da humanidade, o objetivo de uma negociação supera o destino de um país, de uma região ou de um continente, porque é preciso decidir o futuro de toda a Terra".
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Compras para a alimentação escolar e a promoção da agricultura familiar

Renato S. Maluf/Carta Maior

A Lei nº 11.947/2009 pode se constituir num marco na história da alimentação escolar no Brasil, desde logo, por conferir densidade institucional a um programa que, embora antigo, carecia de definições em termos de diretrizes e obrigações dos gestores e entes federados envolvidos.

Em artigo anterior, apresentei a concepção e principais diretrizes do novo formato do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), estabelecido pela recém sancionada Lei nº 11.947/2009. Abordo agora uma importante novidade introduzida pela referida lei quanto à utilização dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a Estados e municípios para a compra de alimentos para o programa. O artigo 14 obriga que se utilize no mínimo 30% do total dos recursos na aquisição de gêneros alimentícios originados diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações.

Prioridade é conferida aos assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas. Para o fornecimento de cerca de 47 milhões de refeições diárias, o FNDE previu repassar, em 2009, R$ 2 bilhões. Estima-se que o aporte adicional de Estados e municípios para a compra de alimentos chegue a 25% do total federal, isto é, mais R$ 500 milhões sobre os quais, porém, não pesa a referida obrigatoriedade.
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Ciclistas espalham árvores na cidade de São Paulo



ANA PAULA BONI
da Revista da Folha

Com capacete e luvas, Lilia Diniz, 29, ajuda a apertar uma tira de corda em volta de uma enxada na bicicleta de Anderson Leal, 34. Depois, ele equilibra uma muda de árvore, uma palmeira juçara, de cerca de um metro na garupa da bicicleta dela.

São 8h30 de um domingo e eles estão no parque Ibirapuera, à espera de outras pessoas, que também vão carregar plantas, instrumentos e sacos com mais de 10 kg de terra.

Nenhum deles, no entanto, é funcionário do parque. Todos fazem parte de um grupo chamado Pedal Verde, que une o prazer da pedalada ao de preservar o ambiente. No último domingo de cada mês, desde março deste ano, eles saem de bicicleta pela cidade com a missão de plantar mudas em praças, canteiros e ruas carentes de verde.Leia mais

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ser humano: poético e prosaico



Por Leonardo Boff*

Disse um dos mais inspirados poetas alemães Friedrich Hölderin (1770-1843):”é poeticamente que o ser humano habita a Terra”. Completou-o mais tarde um pensador francês, Edgar Morin: ”é também prosaicamente que o ser humano habita a Terra”. Poesia e prosa além de gêneros literários, expressam dois modos distintos de ser.

A poesia supõe a criação que faz com que a pessoa se sinta tomada por uma força maior que ela, que lhe traz conexões inusitadas, iluminações novas, rumos novos. Sob a força da criação, a pessoa canta, sai da rotina e assume caminhos diferentes. Emerge então o xamã que se esconde dentro de cada um, aquela disposição que nos faz sintonizar com as energias do universo, que capta o pulsar do coração do outro, da natureza e do próprio Deus. Por esta capacidade se desocultam supreendentes sentidos do real.

“Habitar poeticamente a Terra” significa senti-la como algo vivo, evocativo, grandioso e mágico. A Terra são paisagens, cores, odores, imensidão, fascínio e mistério.Leia mais

AMANHÃ DEIXE SEU CARRO EM CASA

A edição deste ano do Dia Mundial Sem Carro, comemorado no dia 22 de setembro, será marcada por debates, protestos e diversas manifestações de rua, que vão ocorrer a partir do dia 17. As ações estão sendo organizadas por um coletivo, proposto pelo Movimento Nossa São Paulo e formado por dezenas de organizações (entre elas, Akatu, Campanha Tic Tac, Coletivo Ecologia Urbana, SOS Mata Atlântica, Respira São Paulo, Sesc e Transporte Ativo) e centenas de pessoas que já se engajaram na campanha. Qualquer cidadão pode participar das atividades propostas. Leia mais
Mesmo debaixo de chuva nossa campanha de mobilização pelo clima continua.

Para o Greenpeace, "A semana foi agitada (e molhada em muitas capitais brasileiras), foram vacas passeando pelo centro de algumas cidades com placas alertando a população sobre o desmatamento - o maior vilão das emissões brasileiras de gases de efeito estufa. Logo depois tivemos nossos homens solares - vestidos de placas com painéis iluminados - informando aos passantes das principais capitais sobre a importância do uso das energias renováveis para nossa luta contra o aquecimento global".

O Greenpeace levou seus ativistas e voluntários às ruas para aplicar uma multa divertida nos motoristas sozinhos e com carros muito poluentes. Todos acabaram entrando no clima.Leia mais

Zoneamento da cana-de-açúcar reduzirá resistência ao etanol brasileiro no exterior, avalia Minc

(Fonte: Nielmar de Oliveira/ Agência Brasil)

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, avalia que o zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar, lançado pelo governo federal, vai reduzir a resistência à entrada do etanol brasileiro no mercado externo e dar maior competitividade ao produto. A proposta proíbe a construção de novas usinas e a expansão do plantio em qualquer área da Amazônia, do Pantanal, da Bacia do Alto Paraguai ou em vegetação nativa de outros biomas.Leia mais

ASSINE
Manifesto global contra o amianto.

É fácil e rápido:
Click aqui



Está circulando em nível internacional o "Manifesto para uma proibição global sobre o amianto 'Relembrar os mortos e lutar pela vida'", que está disponível no site da Faculdade de Medicina de Buenos Aires em http://www.fmed.uba.ar/depto/toxico1/manifiesto.html em 6 línguas, inclusive o português, a qual solicitamos sua importante adesão.

O material produzido pelo INCA com o apoio da ABREA sobre o mesotelioma já está disponível no site

Antibióticos na fazenda, perigo para a saúde



Por Mark Sommer*
Os norte-americanos gostam de carne. Em um ano, cada um consome, em média, cerca de cem quilos de frango, porco e vaca. Mas alguns estão gastando menos com estes alimentos devido a casos de contaminação e insegurança sanitária, surgimento de bactérias resistentes e condições de sofrimento animal nos sistemas de criação intensiva. A culpa, dizem os críticos, é da indústria agropecuária que confina os animais em espaços mínimos para maximizar a produção e os ganhos em um mercado muito competitivo. As expectativas dos consumidores de carne a preços módicos na mesa também determinam prioridades da indústria.

Para manter os animais em estreitas jaulas, os fazendeiros acabaram dando-lhes antibióticos, não para combater infecções, mas para prevenir focos e impulsionar o aumento de peso. Até 70% dos antibióticos usados nos Estados Unidos são destinados aos animais de fazenda, embora a ciência, há décadas, venha alertando que sua utilização está criando uma cadeia de efeitos negativos, como a reprodução de cepas de bactérias resistentes, que minam a efetividade dos antibióticos dos quais dependemos para combater nossas próprias infecções.

Na América do Norte, a maior parte dos porcos e aves de curral é criada sob teto, em parques de alimentação intensiva para animais confinados (CAFO), que são um caldo de cultivo para a proliferação de micróbios daninhos. A adição de antibióticos ao alimento permite que as bactérias se adaptem e consigam neutralizar boa parte dos medicamentos. De fato, afirmam os microbiologistas, ao usar antibióticos em excesso, selecionamos as mais poderosas, frente às quais estamos menos preparados para nos defender. O desenvolvimento de novos antibióticos contra elas é caro e lento.

Um notável estudo, publicado em 2008 pela independente Pew Comission on Industrial Farm Animal Production (Comissão Pew sobre Produção Industrial de Animais), estabelece que o uso excessivo de antibióticos é um problema de saúde pública que afeta os trabalhadores das fazendas, as comunidades próximas, os aquíferos e os consumidores. Os custos dos tratamentos por bactérias resistentes chegam a US$ 5 bilhões por ano nos Estados Unidos, afirma a Comissão, que reclama o fim de todos os usos não terapêuticos de antibióticos na produção agropecuária. A Dinamarca adotou uma medida como essa em 2000, e em 2006 foi seguida pela União Européia. Essa experiência, afirmam seus promotores, demonstra que os animais de fazenda podem ser criados em confinamento relativo sem o uso preventivo de antibióticos.

Os produtores afirmam que a chave é voltar a formas tradicionais de criação, ao ar livre e sobre o solo, não em pequenas caixas com grades suspensas sobre enormes lagoas formadas pelas próprias sobras dos animais. Como ocorre com as crianças quando brincam fora de casa, a exposição aos microorganismos das propriedades agrícolas permite aos animais desenvolver uma imunidade natural às infecções mais comuns. O fazendeiro Fred Kirschenmann, do Estado de Dakota do Norte, acredita que os produtores não devem ser os primeiros culpados. A falha é do sistema, orientado por uma demanda de preços baixos, no qual têm seu papel tanto consumidores como grandes intermediários.

Entretanto, quando são considerados todos os impactos, o sistema não é tão efetivo em relação aos custos. Lidar com os focos de epidemia, a queda da eficácia dos antibióticos para uso humano e as condições de vida animal, traz custos maiores para a sociedade. Diante das pressões de cientistas, funcionários e público consumidor, a indústria parece estar voltando a práticas até há pouco desacreditadas por serem consideradas ineficientes ou danosas. Na feira anual de carne suína World Pork Expo, realizada no começo de junho em Des Moines, no centro-norte dos Estados Unidos, observou-se que a maioria dos criadores está reduzindo o uso de antibióticos na alimentação.

Como consumidores, esperamos que a carne chegue embalada em plástico retrátil e a preços baixos. Nossas decisões pessoais podem parecer inofensivas, mas somadas geram consequências que prejudicam a todos nós. Queremos e merecemos alimentos saudáveis e a preços módicos. Porém, devemos nos assegurar de que a busca pelo preço baixo não nos crie novos problemas.
Crédito da imagem: Fabrício Vanden Broeck
(Envolverde/Terramérica)
Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

domingo, 20 de setembro de 2009

Comemore o dia 21 plantando uma árvore-basta um click


clickarvore é um programa de reflorestamento com espécies nativas da Mata Atlântica pela Internet. Cada click corresponde ao plantio de uma árvore, custeado por empresas patrocinadoras, e agora também pela própria sociedade civil através de uma nova ferramenta de e-commerce.Conheça o clickarvore

Cientistas assinam manifesto pedindo redução de emissões de gases de efeito estufa

Quarenta cientistas especializados em mudanças climáticas assinaram um manifesto, divulgado nesta quinta-feira (17), pedindo aos países desenvolvidos que reduzam suas emissões de gases de efeito estufa em 40%, até 2020, para que o aumento da temperatura do planeta se mantenha abaixo de 2 graus Celsius (°C). Seis dos cientistas que assinaram o documento são brasileiros.



De acordo com a Rede WWF, uma das organizações que apoiam o manifesto, a média dos níveis de aquecimento global, desde 1990, é de 0,76°C. O documento informa que evidências científicas indicam que um aumento de temperatura para 2 °C trará consequências graves para o planeta, principalmente para os países mais pobres.



Segundo a entidade, os eventos climáticos extremos como ciclones, enchentes e secas podem ficar cada vez mais fortes e mais frequentes, sendo que esses países seriam os mais afetados por não terem recursos financeiros e tecnológicos disponíveis para enfrentar os desastres provocados por esses eventos.



Para a WWF, os países desenvolvidos, além de reduzir suas emissões, deveriam contribuir com cerca de US$ 160 bilhões por ano para ajudar a financiar ações de adaptação, transferência de tecnologia e redução de emissões nos países em desenvolvimento.



Entre os seis cientistas brasileiros que se manifestaram, cinco são autores do 4º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), sendo eles: Carlos Afonso Nobre, José Antonio Marengo, Paulo Artaxo, Roberto Schaeffer e Suzana Kahn Ribeiro. O presidente do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luis Pinguelli Rosa, também assinou o documento.

(Agência Brasil, 18/9)

Cartier-Bresson




Oportunamente, aproveito o ensejo da exposição de Henri Cartier-Bresson (1908-2004), que acontece em São Paulo, desde o dia 18, no Sesc Pinheiros, para exibir uma obra do fotógrafo que trabalhava com o conceito do “momento decisivo” e, certamente, é o nome mais importante da fotografia no século 20.

A “ecochatice” nossa de cada dia

Artigo de Armindo dos Santos Teodósio, colunista de Plurale (*)


Estava no supermercado, esforçando-me para não levar nenhuma sacola plástica para casa, o que nem sempre consigo fazer, quando encontrei com uma colega. Militante do movimento de trabalhadores desde longa data, além da surpresa de saber que moramos no mesmo bairro, mais surpreendida ficou em saber que uso sacolas permanentes para as compras. Disse-me que “não tinha paciência para isso” e, de certa forma, ironizou minha “ecochatice”. Apesar de não usar literalmente essa expressão, talvez nem precisasse dizê-la com todas as letras, visto que precisamente subliminar se fez expressar. Para mim, “ecochato” parecia expressão datada, de décadas atrás, quando do início das lutas ambientais em terras tupiniquins, e referência sepultada pela centralidade que os problemas ambientais parecem ganhar no cotidiano da vida nos centros urbanos contemporâneos, midiatizados pela grande imprensa ecologicamente correta.


Infelizmente, esse tipo de postura, não se circunscreve a uma amizade minha. Pouco depois, lembrei-me de outros colegas, ativistas pelos direitos da infância & adolescência, que em uma conversa no intervalo de um encontro de ONGs, reconheceram sua “canseira” com as regras “ecochatas” da reunião e sua impaciência com as lutas sociais de outros campos de políticas públicas. “Narciso não acha belo o que não é espelho” parece ser pouco para explicar essa situação.


Essas duas histórias, longe de se constituírem em situações pontuais, infelizmente, parecem carregar o sentido de uma época na qual a sociedade civil organizada está cada vez mais presente nos “corações e mentes” dos brasileiros. Isso exige um exame bastante crítico desse contexto, ou quem sabe, dessa condição estrutural da sociedade civil e suas lutas, o que busco realizar de forma ligeira nesse ensaio, sob todos os riscos da simplificação que a argumentação rápida dos ensaios imprime à reflexão crítica. Leia mais

sábado, 19 de setembro de 2009

A posse responsável reflete no comportamento do animal

(Foto: Nina e Sá são animais que resgatei da rua)



Com a proximidade de 4 de outubro, Dia Nacional de Adotar um Animal, é importante ressaltar que a adoção deve ser realizada de maneira responsável.

A presença do dono é muito importante para que o animal se sinta feliz, caso contrário , se ficar muito tempo sózinho e preso , poderá sofrer depressão.

A solidão poderá ocasionar uma alteração de comportamento, denominada ansiedade da separação. Alguns proprietários de cães e gatos desconhecem a razão porque o animal está defecando em locais impróprios, escavando, mordendo objetos, rasgando roupas, arranhando móveis, uivando, com anorexia ou hipertividade , e isto se deve a falta de atenção necessária.

O animal , às vezes, acaba até sendo punido pelos estragos causados, como se ele fosse culpado , quando a culpa é do proprietário, que não está conseguindo compreender sua carência afetiva.
Leia o restante da matéria com dicas importantes sobre comportamento animal clicando aqui

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Mondial Air Ballons






Uma homenagem para LIZ -e sua teoria dos balões amigos- esta largada de 360 balões de ar quente, no festival que ocorre na França, de dois em dois anos, no “Lorraine Mondial Air Ballons”.

21 de setembro: Hora de acordar global!!

Veja no mapa as centenas de eventos que a TicTacTicTac fará no mundo inteiro!

Está chegando o da campanha “Tictactictac”, uma mobilização mundial para combater as causas das mudanças climáticas e amenizar seus efeitos. O nome faz alusão ao barulho de um relógio, lembrando a pressão do tempo sobre a reversão dos fatores que causam as mudanças climáticas.O movimento surgiu de várias ONGs como Greenpeace, WWF, Oxfam, Vitae Civilis, sindicatos, grupos religiosos e da sociedade civil. Juntos, eles vão trabalhar para concretização de propostas a serem apresentadas na COP-15, que acontece em dezembro, em Copenhague, na Dinamarca.Uma das ações da campanha é um convite à população a participar de um abaixo assinado, que pode ser acessado no endereço: http://www.tictactictac.org.br/.

Escolas do Mais Educação recebem apoio para publicar jornais escolares



O MEC, através da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD), o Instituto C&A e a ONG Comunicação e Cultura fecharam parceria para dar apoio às escolas de todo o Brasil que participam do Programa Mais Educação e desejam publicar jornais escolares.
O Comunicação e Cultura tem uma experiência de 14 anos de apoio à sistemas educacionais para a publicação de jornais escolares, desde a capacitação dos realizadores até a impressão das publicações. Mais de mil escolas fazem parte dos programas da ONG atualmente.
A partir de agora, em parceira com o Instituto C&A, o Comunicação e Cultura dará apoio e capacitação à distância aos monitores do Programa Mais Educação, além de fornecer serviços de impressão e estimular a articulação de uma comunidade de monitores e alunos. A metodologia a ser utilizada é a do Fala Escola, atualmente implantada em 239 escolas no Ceará (veja a lista completa aqui), com a particularidade de mesclar atividades em sala de aula e atividades de tempo complementar.
Leia mais

Universidades do Centro-Oeste vão formar Rede Cerrado-Pantanal

Reunidos esta semana, na cidade de Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, gestores de cinco universidades do Centro-Oeste discutiram a criação da Rede Cerrado-Pantanal.

Coordenado pelo vice-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para a região Centro-Oeste, Edward Madureira Brasil, o evento reúne reitores e pró-reitores das Universidades Federais de Mato Grosso (UFMT), de Goiás (UFG), de Mato Grosso do Sul (UFMS), da Grande Dourados (UFGD) e da Universidade de Brasília (UnB); e representantes do Ministério da Integração Nacional. O objetivo é otimizar as ações executadas pelas cinco instituições federais de ensino superior e promover o desenvolvimento sustentável da região Centro-Oeste. A proposta é discutir e pensar de forma estratégica, o desenvolvimento econômico, social e científico do Centro-Oeste.Leia mais

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Aquecimento pode gerar tsunamis e sismos, dizem cientistas

Terremotos, erupções vulcânicas, deslizamentos gigantescos e tsunamis podem se tornar mais freqüentes à medida que o aquecimento global causa alterações na crosta terrestre, disseram cientistas na quarta-feira (16).

Mudanças geológicas relacionadas ao clima podem provocar também "erupções de metano," emissões de um potente gás do efeito estufa que hoje se encontra parcialmente armazenado em forma sólida sob o permafrost (solo permanentemente congelado) e o leito do mar, em quantidades superiores a todo o dióxido de carbono (CO2) hoje presente na atmosfera.

"A mudança climática não afeta só a atmosfera e os oceanos, mas também a crosta terrestre. Toda a Terra é um sistema interativo," disse à Reuters o professor Bill McGuire, do University College de Londres, na primeira grande conferência científica que discute os efeitos geológicos da mudança climática.Leia mais no Ambientebrasil

Participe da rede social do Dia Mundial Sem Carro


PROGRAMAÇÃO DO DIA MUNDIAL SEM CARRO

A edição deste ano do Dia Mundial Sem Carro, comemorado no dia 22 de setembro, será marcada por debates, protestos e diversas manifestações de rua, que vão ocorrer a partir do dia 17. As ações estão sendo organizadas por um coletivo, proposto pelo Movimento Nossa São Paulo e formado por dezenas de organizações (entre elas, Akatu, Campanha Tic Tac, Coletivo Ecologia Urbana, SOS Mata Atlântica, Respira São Paulo, Sesc e Transporte Ativo) e centenas de pessoas que já se engajaram na campanha. Qualquer cidadão pode participar das atividades propostas. Leia mais

Floresta seca, futuro quente


Secas na Amazônia podem inverter fluxos de carbono e intensificar aquecimento global, aponta estudo


Se toda a Amazônia se comportar como os trechos de floresta que mais sofreram estresse hídrico durante a seca de 2005, a mata emitirá globalmente 900 milhões de toneladas anuais de carbono (foto: Peter van der Steen).

A floresta amazônica, que em condições normais atua de forma a frear o aquecimento global, pode ter esse papel invertido durante secas intensas. Um estudo multinacional detectou um aumento significativo na mortalidade de árvores durante a seca de 2005 — a mais severa na região em cem anos. Como consequência, a floresta passou de sorvedouro para fonte de dióxido de carbono, um gás de efeito-estufa responsável pelo aquecimento global.

O estudo, liderado pela Universidade de Leeds, na Inglaterra, tinha como objetivo analisar a vulnerabilidade da floresta à seca de 2005 e contou com a participação de 67 cientistas do Brasil e de outros 12 países, todos ligados a um consórcio internacional de pesquisa na Amazônia chamado Rainfor. Os resultados foram publicados esta semana na Science.Leia mais no Ciência Hoje .

Línguas ameaçadas
Linguista discute risco de extinção de vários idiomas falados por grupos indígenas brasileiros


Estudo feito por pesquisadores paraenses mostra que 21% das línguas indígenas faladas no Brasil correm o risco de desaparecer (foto: Valter Campanato/ABr).


Um levantamento recente feito por pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi mostra que 154 línguas são faladas no Brasil por diferentes etnias indígenas e que 21% desses idiomas estão ameaçados de extinção. Para falar sobre essa questão, o Estúdio CH desta semana recebe a linguista Ana Vilacy Galucio, uma das integrantes da equipe que conduziu o estudo.

Em entrevista a Mariana Ferraz, a pesquisadora explica que uma língua é considerada ameaçada de extinção se é falada por poucas pessoas e não é mais ensinada às próximas gerações. No Brasil, as línguas indígenas têm poucos falantes – em alguns casos, apenas dois – e o risco de elas desaparecerem é ainda maior porque são transmitidas somente por tradição oral.Leia mais em Ciência Hoje On-line

O ilustrativo caso dos Masai


A última etapa em território Masai da viagem de retorno a Nairóbi é a que fica mais perto da subida ao planalto, onde se abandona o Vale do Rift. Nessa região o que mais surpreende é a aridez extrema dominante. Não tem mais arvores e a poeira se eleva por todo canto ao céu em espirais a modo de mini-tornados. Na amplitude da savana podem se observar simultaneamente várias dúzias desses tornados, demonstrando uma erosão eólica fora de controle. Essa área foi utilizada até pouco para fazer agricultura intensiva de trigo, ou ainda é utilizada, havendo-se eliminado a rala cobertura florestal e, agora, nela subsistem uns poucos Masai com a mesma combinação de bovinos, ovinos e caprinos, embora, evidentemente, nesta zona predominam os últimos. Estes são os mais pobres e muitos deles já nem usam o vermelho característico, mas ainda se reconhecem pelo bastão e pelo jeito de andar. Culturalmente, eles já eram, tanto assim como seu entorno. Esses são operários e serventes nas cidades e apenas os velhos, as mulheres ou os meninos cuidam do que resta de seu patrimônio. (Foto:Argus Caruso Saturnino)
Leia o artigo de Marc Dourojeanni, onde ele narra os problemas socioambientais desse povo africano.

MP, Judiciário e governo gaúcho: empenho pelo fim do MST

O assassinato do sem terra Elton Brum da Silva foi o ápice do processo de criminalização dos movimentos sociais no Rio Grande do Sul, um dos mais graves do país. As ações repressivas levadas a cabo pelo governo Yeda Crusius (PSDB) não são um fato isolado, mas fazem parte de uma escalada repressiva com conexões no Ministério Público do RS e no Judiciário. Em outubro de 2008, Conselho Superior do MP decidiu "dissolver" o MST, classificando o movimento como uma "organização criminosa". Confira o artigo de Renato Godoy de Toledo, do Brasil de Fato.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Concurso premia melhores fotos amadoras do espaço


Nas Blue Mountains, na Austrália, Ted Debosz fotografou estrelas 'em movimento', deixando a lente de sua câmera aberta por 30 minutos. A imagem foi premiada na categoria Terra e Espaço.

Um concurso realizado pelo Observatório Real Britânico, em Greenwich, em Londres, premiou as melhores fotografias amadoras de astronomia de 2009. Veja mais

Sequestro de carbono chega à agricultura

Com técnicas como o plantio direto, agricultores podem retirar gás carbônico da atmosfera e até lucrar com a venda de crédito de carbono

Andrea Vialli/ (O Estado de SP, 16/9)

O manejo correto do solo na agricultura pode ajudar o setor de agronegócio a sequestrar carbono da atmosfera e reverter a imagem de que a atividade traz danos ao ambiente e aumenta o aquecimento global. Práticas agrícolas como o plantio direto, a rotação de culturas e a agricultura de precisão podem em breve credenciar o setor a vender créditos de carbono no mercado internacional.

"Os atuais 26 milhões de hectares de culturas que utilizam o plantio direto em todo o País são responsáveis pelo sequestro de pelo menos 13 milhões de toneladas de CO2 ao ano", afirma Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, professor do Departamento de Ciência do Solo da Esalq-USP e pesquisador das áreas de bioenergia e mudanças climáticas. Ele explica que o sistema de plantio direto, onde palha e resíduos vegetais são deixados no solo, ajuda a reter grande quantidade de gases estufa, como o carbono e o metano, na terra.Leia mais

Blocos da conservação na Amazônia


Desenho sugerido para o Mosaico da Amazônia Meridional.
Crédito: WWF
Clique aqui para ver mapa ampliado

Andreia Fanzeres

No mês de agosto representantes das unidades de conservação da região sul da Amazônia e gestores estaduais reuniram-se na intenção de tirá-las do papel no melhor estilo “a união faz a força”. Criados com a evidente intenção de barrar as frentes de desmatamento no norte de Mato Grosso, oeste de Rondônia e sul do Amazonas, mas sem infra-estrutura, recursos ou pessoal suficente, 25 parques e reservas aproveitaram o apoio do programa Areas Protegidas da Amazônia (ARPA) e da agência alemã GTZ para organizar uma gestão mais barata e eficiente. Querem consolidar o Mosaico da Amazônia Meridional.

Trabalhar em conjunto e sanar os imensos obstáculos da gestão de áreas protegidas no arco do desmatamento é uma reação quase automática de quem trabalha na Amazônia. Ainda mais para salvaguardar uma área legalmente protegida de nada menos 10 milhões de hectares. “A gente já trabalha de forma integrada, a diferença é que isso agora vai ser oficializado e poderemos realmente dividir infra-estruturas, pontos de apoio, trabalhos em bloco. Tudo pode ser facilitado”, diz Cristiane Figueiredo, chefe do Parque Nacional do Juruena (MT/AM).Leia mais no ECO

Sustentabilidade no cinema



(Idéia Socioambiental)
O poder dos meios de comunicação para gerar debate sobre determinado tema já foi comprovado em diversos estudos e pesquisas nas últimas décadas. E no caso do cinema, um dos meios mais influentes do século 21, não é diferente.
A sétima arte já tratou em diversas ficções e documentários os vieses social, ambiental e econômico que integram o conceito da sustentabilidade e perpassam questões sobre ética, governança e qualidade de vida.
Desde filmes hollywoodianos (O dia depois de amanhã) até clássicos absolutos do cinema (Tempos Modernos, Metrópolis, Ladrões de bicicletas), temas de caráter socioambiental têm sido debatidos em diversos formatos e linguagens. O Brasil também se destaca no gênero com filmes que obtiveram grande sucesso de bilheteria, como “Cidade de Deus”, e também pela visão documental do renomado Eduardo Coutinho em “Peões”.

Confira abaixo uma lista de 45 filmes de diversas épocas e países que abordam temas relacionados à sustentabilidade:

Imagens de 1973 a 1980 mostram o início da ocupação no Mato Grosso



Mosaico desenvolvido no Inpe apontam áreas de cerrado bem conservadas na época
Um mosaico feito com imagens dos satélites Landsat 1, 2 e 3 acaba de ser concluído pelo Panamazônia II, projeto desenvolvido na Divisão de Sensoriamento Remoto do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A confecção do mosaico comprova que também as áreas de cerrado estavam bem conservadas até o início da década de 1980.

"Notamos uma ocupação muito restrita nos arredores de Alta Floresta, nos garimpos do Rio Peixoto de Azevedo e na Serra do Roncador, onde havia grandes agropecuárias como o empreendimento Suiá Missu, que tinha na época cerca de 400 mil hectares", comenta Paulo Roberto Martini, coordenador do Projeto Panamazônia II. "Não existiam neste período os imensos campos de soja, que vieram no final dos anos 80 e início dos anos 90".


É importante lembrar que o Brasil possui um dos acervos de imagens de satélites mais antigos do mundo, pois recebe os dados Landsat desde 1973 através da estação do Inpe em Cuiabá. Lançado em 1972, o Landsat foi o primeiro equipamento orbital de sensoriamento remoto de recursos terrestres, sendo o Brasil o terceiro país a receber este tipo de imagem, depois apenas dos Estados Unidos e Canadá. O Centro de Dados de Sensoriamento Remoto do Inpe, instalado em Cachoeira Paulista, disponibiliza as imagens deste acervo através da página do INPE
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