quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Cientistas propõem nove "limites planetários" para preservar os sistemas do planeta



El País
Javier Sampedro

O mundo que conhecemos tem apenas 10 mil anos. Por volta dessa data acabou a pré-história e começou o holoceno, o raro período de bom tempo em que vivemos. Essa estabilidade poderia durar outros 7 mil anos, segundo prevê a geologia, mas a atividade humana alcançou um nível capaz de "prejudicar os sistemas que mantêm a Terra no estado de holoceno".

Johan Rockström, da universidade de Estocolmo, e outros 28 cientistas de universidades e institutos europeus, norte-americanos e australianos propõem agora um novo e polêmico sistema. Estimaram nove "limites planetários" que a humanidade deve respeitar para não desestabilizar os sistemas terrestres essenciais, com mudanças climáticas bruscas e talvez catastróficas.

Três dos limites já foram transgredidos: os do aquecimento global, da extinção de espécies e do ciclo do nitrogênio. Outros quatro estão perto de cair: o uso da água doce, a conversão de florestas em plantações, a acidificação dos oceanos e o ciclo do fósforo. Os outros dois são a contaminação química e a carga de aerossóis na atmosfera.

Rockström e seus 28 colegas apresentaram sua proposta na revista "Nature". A versão completa do trabalho está disponível em http://www.stockholmresilience.org/planetary-boundaries. O último número da revista "Nature Reports Climate Change" inclui as críticas de sete especialistas - incluindo o prêmio Nobel Mario Molina - e há um debate aberto sobre a proposta em http://tinyurl.com/boundariesblog.
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