quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Brasil e as mudanças climáticas


"Espera-se durante a COP 15 em Copenhague que as nações reunidas somem esforços em um novo acordo internacional dando continuidade ao compromisso inicial assumido no Protocolo de Kyoto, porém com metas desta vez bem mais ambiciosas"

Flavio Rufino Gazani é presidente da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Carbono (ABEMC)

Um aquecimento acima de 2 graus na temperatura atual do planeta já resultaria em febre na Terra. Os cientistas do mundo inteiro indicam que, se continuarmos a nos desenvolver da mesma maneira como fazemos hoje, as emissões globais de gases causadores do efeito estufa (GEE) aumentarão 70% até 2050.

Para conter o aumento da temperatura global em 2 graus, nível necessário para que as alterações climáticas ainda sejam suportáveis ou adaptáveis, é preciso reduzir as emissões globais em 17 GtCO2e/ano (17 bilhões de toneladas de GEE expresso em CO2 equi valente). Hoje já emitimos cerca de 45 GtCO2e/ano, e as projeções apontam para 61 GtCO2e/ano.

Portanto, são necessários cortes mínimos na ordem de 25% das emissões globais até 2020.

Um ponto chave é como reduzir nossas emissões de GEE, pois, para isto, os países em desenvolvimento dependem de tecnologia e de recursos das nações ricas - e até mesmo estas, até hoje, não estão conseguindo reduzir suas emissões a níveis satisfatórios. O mundo enfrenta um desafio enorme, e é necessária uma transição para uma economia de baixo carbono. O Brasil deve tomar uma posição proativa, cumprindo metas ambiciosas de redução de emissões, buscando subsídio e incentivo internacional para apoiar a indústria brasileira a se transformar em um setor de baixa emissão a tempo de não perder vantagem competitiva.
Fonte:JCiênia
Foto: Peregrinacultura's
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