quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O ilustrativo caso dos Masai


A última etapa em território Masai da viagem de retorno a Nairóbi é a que fica mais perto da subida ao planalto, onde se abandona o Vale do Rift. Nessa região o que mais surpreende é a aridez extrema dominante. Não tem mais arvores e a poeira se eleva por todo canto ao céu em espirais a modo de mini-tornados. Na amplitude da savana podem se observar simultaneamente várias dúzias desses tornados, demonstrando uma erosão eólica fora de controle. Essa área foi utilizada até pouco para fazer agricultura intensiva de trigo, ou ainda é utilizada, havendo-se eliminado a rala cobertura florestal e, agora, nela subsistem uns poucos Masai com a mesma combinação de bovinos, ovinos e caprinos, embora, evidentemente, nesta zona predominam os últimos. Estes são os mais pobres e muitos deles já nem usam o vermelho característico, mas ainda se reconhecem pelo bastão e pelo jeito de andar. Culturalmente, eles já eram, tanto assim como seu entorno. Esses são operários e serventes nas cidades e apenas os velhos, as mulheres ou os meninos cuidam do que resta de seu patrimônio. (Foto:Argus Caruso Saturnino)
Leia o artigo de Marc Dourojeanni, onde ele narra os problemas socioambientais desse povo africano.

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