terça-feira, 3 de novembro de 2009

Animais em risco de extinção
Llista negra


Paula Scheidt, do CarbonoBrasil
Lagarto Panay Monitor, das Filipinas, está entre os 293 répteis que entraram na lista de ameaçados neste ano. Foto: Tim Laman/IUCN

Devido a perdas de habitats, a degradação, a super exploração, a poluição e as mudanças climáticas, 36% das 47.677 espécies catalogadas pela União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) correm o risco de desaparecerem da superfície terrestre. Os novos números sobre o cenário atual de animais e plantas ameaçados foram divulgados nesta terça-feira (3/10) em tom de alerta devido ao ritmo das perdas.

“As evidências científicas de uma crise séria de extinção estão aumentando”, disse a diretora do grupo de Conservação de Biodiversidade da IUCN, Jane Smart.

Os anfíbios são os mais ameaçados, com 1895 (30%) das 6285 espécies conhecidas incluídas na “Lista Vermelha”, como a instituição chama o rol com animais e plantas em risco de extinção. Entre os peixes de água doce, 37% estão ameaçados.

“As criaturas que vivem em água fresca vem por um longo tempo sendo negligenciadas. Neste ano, adicionamos novamente um grande número delas na Lista Vermelha e confirmamos o alto grau de ameaça a muitos animais que vivem em água fresca e plantas”, afirma o vice-diretor do Programa de Espécies da IUCN, Jean-Christophe Vié.

Ele explica que isto reflete o estado das águas, incluindo rios, lagoas e lagos, afetados pela poluição e perda de áreas alagáveis. “Há uma urgência em aumentarmos nossos esforços. Ainda mais importante é começar a usar esta informação com o objetivo de explorar os recursos hídricos de forma inteligente”, alertou.

Entre os mamíferos conhecidos, 21% estão em risco de sumir; entre os pássaros, 14%; entre as plantas, 70%; entre os répteis, 28%, e entre os invertebrados, 35%. Mais de 2,8 mil espécies foram adicionadas na lista deste ano (em 2008 eram 44.838).
Leia mais

Nenhum comentário:

Postar um comentário