quinta-feira, 4 de março de 2010

Amazônia, desmatamento e clima

Um estudo divulgado no mês passado revela que, devido ao desmatamento, mudanças no clima e queimadas, em cem anos, restará viva apenas 30% da Amazônia. Esse é um dado que mostra o aumento crescente destes que são considerados os principais desafios da maior floresta do mundo. “Boa parte da floresta, no leste e no sul, poderia desaparecer caso essas mudanças aumentem. No entanto, o desmatamento tem dimuido, mas é muito difícil saber para que lado vai o aquecimento global”, avalia o professor Carlos Nobre. Durante a entrevista que concedeu, por telefone, à IHU On-Line, ele refletiu sobre o cenário atual da Amazônia e soluções para resolução dos problemas que ela vive hoje. Nobre também conversou conosco sobre cenários que surgem no Brasil devido a problemas climáticos e ambientais, como o aumento da seca no semiárido e a desertificação no Rio Grande do Sul. “Um clima mais variável em uma região onde o clima geralmente é mais estável sempre motiva muitas coisas, mas não podemos afirmar cientificamente que esse aumento da variabilidade do clima no Rio Grande do Sul é provocado pelo aquecimento global”, explicou.

Carlos Nobre é engenheiro eletrônico formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Na Massachussets Institute Of Technology (EUA), realizou o
doutorado em metereologia. Recebeu o título de pós-doutor da University Of Maryland (EUA). Atualmente, é pesquisador sênior no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). É autor das obras Amazonian deforestation and climate (New York: John Wiley and Sons, 1996) e Regional Hidrological Impacts of Climatic Change - Impact Assessment and Decision Making (Oxfordshire: International Association of Hidrological Sciences, 2005).

Confira a entrevista

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