quinta-feira, 24 de junho de 2010

Estudo da ONU mostra avanços desiguais nas Metas do Milênio

Carlos Araújo

Documento mostra progressos lentos em direção à redução da pobreza mas ainda há lacunas entre ricos e pobres, pessoas que vivem em zonas urbanas e rurais, homens e mulheres.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que, apesar da crise financeira, o mundo continua a fazer progressos lentos em direção à redução da pobreza.

Durante lançamento nesta quarta-feira do relatório anual de avaliação sobre as Metas do Milênio, Ban revelou que a taxa global de pobreza deverá cair para 15% até 2015.

Ásia

Isto significa que 920 milhões de pessoas irão continuar a viver abaixo da linha da pobreza, ou seja, metade do número total de 1990. Ban Ki-moon ressaltou que a maior queda foi registrada na Ásia.

Ele também destacou os enormes progressos alcançados pela África Subsaariana na acesso à educação primária e os avanços na saúde infantil e igualdade de gênero na América Latina e Caribe.

O Secretário-Geral também fez referência a alguns dados negativos contidos no documento. Ban afirmou que os progressos alcançados nos oito objetivos foram desiguais, citando a persistência de lacunas entre ricos e pobres, pessoas que vivem em zonas urbanas e rurais, homens e mulheres.

Ban disse que o cumprimento das Metas do Milênio ultrapassa a questão de desenvolvimento. O mais importante, segundo ele, é o crescimento econômico global.

Ele enfatizou que é importante reconhecer um fato simples: nos dias de hoje, o dinamismo econômico está nos países emergentes. Foi por isso que decidiu realizar três visitas à África este mês, para destacar a importância do alcance das Metas do Milênio.

Grupo de Sensibilização

O Secretário-Geral destacou ainda a necessidade de priorizar medidas nas áreas de desemprego e trabalho decente, segurança alimentar e vontade política.

Ban anunciou também a criação de um Grupo de Sensibilização sobre os objetivos do milênio, que será presidido pelo Presidente Paul Kagame do Ruanda e pelo primeiro ministro espanhol, Jose Luis Zapatero, e que incluirá várias personalidades, incluindo a moçambicana, Graça Machel, mulher de Nelson Mandela.

*Apresentação: Daniela Traldi, da Rádio ONU, em Nova York.

Para ouvir esta notícia clique em: http://downloads.unmultimedia.org/radio/pt/real/2010/10062311i.rm
ou acesse: http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/detail/181647.html

(Envolverde/Rádio ONU)

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