
Ao invés de uma grande solução global para as mudanças climáticas, um relatório do IIED e da New Economics Foundation afirma que a saída está em projetos locais e em um novo modelo de desenvolvimento, que valorize mais as pessoas que o crescimento econômico.
A lógica não parece tão ruim: um mundo mais rico é por conseqüência melhor para todos. De uma forma geral, os países industrializados pensam que fornecer maneiras para o mercado crescer é a melhor saída para resolver os problemas globais, incluindo agora as mudanças climáticas. Já é fácil observar como boa parte das opções de combate ao aquecimento global surgem dessa visão e passam também pelo mercado, do REDD à venda de créditos de carbono.
Acontece, porém, que o enriquecimento do mercado nos Estados Unidos não necessariamente leva a uma condição melhor de vida para os habitantes do Burundi, por exemplo.
E é este tipo de pensamento equivocado que estaria rendendo soluções insatisfatórias para as mudanças climáticas segundo o relatório “Other Worlds are Possible – Human Progress in an Age of Climate Change”, publicado nesta segunda-feira (30/11) pelo Instituto Internacional para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (IIED) e pela New Economics Foundation, a pedido do Working Group on Climate Change and Development, uma rede de organizações ligadas ao desenvolvimento e meio ambiente.
“Está claro que as respostas atuais para mitigação e adaptação são inadequadas e que o modelo de desenvolvimento seguido hoje vai apenas piorar os impactos das mudanças climáticas” escreveu o presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, no prefácio do relatório.
O documento defende que as soluções devem considerar modelos econômicos mais regionalizados, com foco nas comunidades e os investimentos devem ser centrados em projetos que afetem diretamente as pessoas que mais sofrem com as mudanças climáticas.
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Envolverde/Carbono Brasil
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